Considerada por muitos a Quarta Revolução Industrial, a Indústria 4.0 se baseia em um conceito de indústria inteligente e integrada a sistemas virtuais. Conforme reportado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a adoção do modelo 4.0 é considerado urgente para a competitividade de 14 dos 24 setores da indústria brasileira, incluindo o setor de minerais não metálicos, como a indústria cimenteira. Ou seja, a adoção da Indústria 4.0 na produção de cimento se faz cada vez mais importante.
Nesses 14 setores, a produtividade é inferior à média internacional e inserção no comércio exterior é baixa, segundo a Confederação. Dessa forma, o setor de minerais não metálicos se encontra numa posição considerada urgente pela CNI: é um dos setores que possui na indústria 4.0 a oportunidade de recuperar sua competitividade rapidamente e, por outro lado, é um dos setores que mais tem a perder caso a migração para o novo modelo seja lenta.
As tecnologias habilitadoras
O modelo de Indústria 4.0 se baseia em diversas tecnologias habilitadoras, que integram sistemas físicos e virtuais: Big Data, Internet das Coisas, Computação em Nuvem, Robótica Avançada, Inteligência Artificial, dentre outros.
Muitas dessas tecnologias, como a Internet das Coisas e a Computação em Nuvem, já fazem parte do nosso dia a dia, graças a celulares, computadores e smart TVs. Apesar disso, o grande desafio não é simplesmente aplicar essas tecnologias, e sim integrá-las na indústria de forma que exista real aumento na produtividade e competitividade do seu produto no mercado. Para isso, é necessário ter em mente os pilares que movem a quarta revolução industrial.
Os 4 Pilares da Indústria 4.0
Conforme publicado pela Forbes, a Indústria 4.0 apresenta 4 pilares: a interoperabilidade, a tomada de decisão descentralizada, a transparência da informação e a assistência técnica. Mas o que significa cada um desses pilares?
A interoperabilidade é basicamente a comunicação entre diversas máquinas, aparelhos, sensores e pessoas. Sistemas integrados são um grande passo que, com a aplicação das tecnologias corretas, podem melhorar o tempo de reação a problemas.
Assim como a transparência da informação: ao criar uma cópia virtual do mundo real por meio de sensores, é possível que os simples dados que estão sendo coletados passem a fazer parte de um contexto entendível.
A tomada de decisão descentralizada trata da autonomia dos sistemas cyber-físicos (assim são chamados os sistemas que integram o mundo real e virtual) em tomar decisões simples, facilitando o trabalho do operador.
A assistência técnica por sua vez entra quando o sistema não tem como função tomar essas decisões, mas funciona como um facilitador: esses sistemas podem oferecer suporte ao ser humano na tomada de decisão e resolução de problemas, além de, em alguns casos, oferecer assistência em tarefas difíceis ou perigosas demais a humanos.
A Indústria 4.0 na produção de cimento
De acordo com o relatório da CNI, os esforços das indústrias de processo contínuo, como a indústria cimenteira, os impactos do modelo 4.0 serão no processo produtivo e na integração digital da cadeia, entre clientes e fornecedores. Ou seja, além de produtos mais tecnológicos, deve ser visada a incorporação de tecnologias habilitadoras na linha de produção.
“Cada empresa terá necessidades e objetivos diferentes com a adoção de novas tecnologias. Por isso, as soluções muito provavelmente, serão customizadas”, avaliou o gerente-executivo da CNI, João Emilio Gonçalves. Isso mostra que soluções personalizadas e adaptáveis aos objetivos até mesmo de cada setor dentro uma mesma indústria se fazem necessárias.
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